5 de fevereiro de 2014

This is what it feels like

Tenho o telemóvel desligado desde as quatro da tarde. Fiquei sem bateria. É uma da manhã, liguei-o agora. Zero mensagens, zero chamadas perdidas. Já diz o Trevor Guthrie: nobody ringing my telephone now, oh, how I miss such a beautiful sound. Tristeza.


A única vantagem disto é que a minha bateria dura quase uma semana. Yupi.

3 de fevereiro de 2014

Já tinha saudades disto.

O (fatídico) semestre do fim

Hoje começou o segundo semestre, ou melhor, o sexto da licenciatura que frequento. E devo dizer que estou só um bocadinho deprimida, só um bocadinho. 
Nunca fui boa com despedidas. Odeio separações, odeio quebras de rotina, odeio a ideia de que me vou afastar desta vida que conheço há praticamente três anos. Três anos sentada ao lado de duas das pessoas de quem mais gosto neste mundo (que elas não leiam isto!). Três anos de trabalhos juntas. Três anos de momentos de pânico juntas, lágrimas, suor, porque deixamos sempre tudo para a última. Três anos de memórias, tantas memórias. 
No fim deste ano vamos separar-nos. Elas vão para um mestrado, eu para outro. Este semestre será o último em que teremos aulas juntas, em que nos sentaremos ao lado umas das outras, em que jogaremos ao STOP durante as aulas, em que comeremos bolachas às escondidas, em que taparemos a cara com o cabelo para disfarçar as gargalhadas que querem tanto sair. Será o último em que dormiremos em casa umas das outras, a fazer trabalhos durante tardes e noites inteiras. Este semestre, aquele que eu tanto temia e que rezava para não chegar, chegou. O semestre do fim.
Às vezes brincamos: "dizes que te vai custar, mas deixa só chegar setembro e vais ver que já nem te lembras de nós! Aliás, vamos logo deixar de nos falar". Dizemos isto com tom de parvoíce, provocação, mas no fundo dizemo-lo em tom de aviso, um "por favor, não o faças" disfarçado. 
Já perdi muitos amigos. Tantos, que lhes perdi a conta. Tantos, que neste momento só posso dizer que tenha duas amigas daquelas a sério; elas. Não consigo apontar mais ninguém. Por isso é que me vai custar tanto. Por isso é que escrevo a conter as lágrimas. Porque, por mais dificuldade que tenha em exprimir o que sinto, gosto tanto delas que tenho um medo tenebroso de perdê-las. Contamos tudo umas às outras, gozamos umas com as outras, andamos à chapada se necessário, mas sabemos que no fundo nos adoramos. 
Nunca vai ser o mesmo. Não partilharmos o mesmo horário, as mesmas frustrações, os mesmos conflitos de turma vai mudar muita coisa na nossa amizade. Ou então não. Se fizermos um esforço, não. Nada tem de mudar. Gostamos umas das outras e todas já perdermos amigos em circunstâncias destas, por isso sabemos que não queremos que isso se repita. E as nossas pulseiras (parolíssimas) com um símbolo de infinito que o digam. Infinita será a nossa estupidez, serão as nossas maluqueiras, as saídas, as tardes no sofá, as manhãs na cama, as noites a dormir de conchinha, os jantares em casa da R., as viagens de carro, as coreografias das músicas, as músicas, as bebedeiras, as danças no meio da rua, os guinchos, as gargalhadas histéricas, as palmas, os abraços, os beijinhos, as festas, as discussões parvas que acabam em risos, os raspanetes, os disparates, os erros, as conversas até às 4, 5, 6 da manhã, os jogos, as brincadeiras. 
Por estes três anos, obrigada. Por todos os que hão de vir, muito obrigada!

30 de janeiro de 2014

Perfil de um "Praxista" segundo esse grande canal da televisão portuguesa, a TVI:

-Insensibilidade ao outro;
-Dificuldade em verbalizar sentimentos;
-Desejo de omnipotência;
-Dificuldade em projectar-se no futuro;
-Necessidade imatura de pertença ao grupo;
-Dificuldade em descentrar-se.

Bem, confesso que fiquei sem palavras. Mas nada temam, já marquei consulta no psicólogo! Ah, e implementarei uma dose diária de 5 chibatadas no lombo, que esta minha mania egocêntrica de achar que sou Deus tem de acabar! 
Quando esta perseguição acabar, mandem-me um toque.

22 de janeiro de 2014

Merdas que me irritam #2

Os portugueses têm esta mania irritante: tomar a parte pelo todo. Sonho com o dia em que as pessoas vão perceber que as praxes NÃO SÃO obrigatórias, que nós, praxados e praxantes, não somos todos uma cambada de burros e frustrados, que não andamos todos a passear os livros na faculdade e a gastar o dinheiro dos nossos pais em vão e que não somos todos umas bestas desumanas que humilham e maltratam os outros. Somos, sim, estudantes universitários que OPTARAM por participar numa tradição antiga a que se dá o nome de praxe académica. Muitos de nós, e é desses que aqui falo, divertem-se nos rituais de praxe, gostam de lá estar, fazem amigos; sim, nós, as bestas, fazemos amigos na praxe, independentemente do seu nível hierárquico. Fantástico, hã?! Parem de nos pôr a todos no mesmo saco! Parem de criticar a praxe só porque está na moda! Caramba, mas quantas vezes é preciso dizer que só participa nesta merda quem QUER?! E quem quer, realmente, quem GOSTA, sente-se profundamente ofendido quando lê coisas como "aquelas bestas de capa" ou "cambada de frustrados mal-amados que rebaixam os outros para se sentirem melhor". Eu sinto-me ofendida, bastante. Se há pessoas más na praxe? Claro que sim, convivi com algumas, infelizmente. Mas há pessoas más em todo o lado! Parem de ligar a praxe a pessoas cruéis. Foda-se, que já irrita!

E em relação aos 6 estudantes universitários que morreram no Meco: não, não concordo com o pacto de silêncio, acho uma infantilidade e uma estupidez. Acho, acima de tudo, uma falta de respeito pelas famílias daqueles jovens e pela sua memória. Mas acho, também, e agora preparem-se os mais sensíveis porque podem não gostar do que vão ler a seguir, que o facto de se terem atirado ao mar do Meco, àquela hora, vestidos, foi da parte deles uma enorme irresponsabilidade. Se o DUX tem culpa ou não na morte deles, não sei. Mandou-os para a água? E então? A minha mãe sempre me perguntou: "se te mandassem atirar para um poço, tu saltavas?". Não, não saltava. Há limites para as tradições e eu teria dito não. Não ia para a água. Não ia pôr em risco a minha saúde, a minha integridade física, a minha vida. Na praxe passaram-me alguns ideais, um deles o respeito pela hierarquia, mas sempre me disseram que teria todo o direito de recusar uma praxe que achasse que me humilhava, maltratava ou me punha em risco. E eu fi-lo. Eu, que amo tanto esta tradição. Eu, que conheço muito pouca gente que goste tanto disto como eu. Fiz frente aos meus superiores hierárquicos, expliquei-lhes os meus motivos e recusei-me a certas praxes. Não tenho de me sujeitar a tudo o que me dizem. Não tenho de fazer apenas porque alguém me manda. Acima de tudo, está a minha saúde. Está o respeito por mim própria. Porque é que se atiraram ao mar naquelas circunstâncias? Alguém lhes apontou uma arma à cabeça e obrigou-os a fazê-lo? Desculpem, mas duvido. E não me venham com as tretas das represálias. Somos todos adultos. Torturam-vos? Agridem-vos? Pois bem, dirijam-se às autoridades de competência. Não me venham é com merdas!

21 de janeiro de 2014

Eu quero alguém

Quero alguém que goste de mim. Não quero alguém que me suporte, quero alguém que goste mim. Não quero alguém que aceite as minhas manias, quero alguém que lhes ache graça e, se possível, que as tenha também. Quero alguém que vá comigo ao cinema e que eu sei que se escolher o filme ele não vai ficar chateado, amuado, fazer birrinhas, porque ele escolheria exatamente aquele filme. Quero alguém que veja as mesmas séries que eu, que fale comigo sobre episódios de há 50 anos atrás e que se lembre deles com tanto detalhe como eu. Quero alguém que ouça a mesma música que eu, que goste dos mesmo estilos que eu, que eu saiba que se me apetecer ouvir algo em especial ele não vai resmungar, vai gostar, vai pegar em mim e vai dançar comigo. Quero alguém que dance comigo; em casa, em festas, na rua, no meio do supermercado, onde nos apetecer. Quero alguém que cometa loucuras comigo. Quero alguém que queira fugir comigo. Quero alguém que não goze comigo por eu me rir alto, mas que se ria de mim e, acima de tudo, que se ria comigo, que se ria por eu me estar a rir. Quero alguém que me faça feliz, mesmo feliz, aquela felicidade que se vê nos olhos, que se vê nos gestos, que contagia tanta gente e irrita outra tanta. Quero alguém que partilhe os mesmos ideais que eu e que, quando não os partilhar, saiba discutir comigo, sem gritos, discutir falando, mostrar o que aceita, o que não aceita, porque é que aceita e porque é que não aceita. Quero alguém que tenha opiniões e que me deixe ter opiniões, em vez de falar por cima de mim para não me deixar expressar. Quero alguém que seja inteligente, que se preocupe com o mundo que o rodeia. Quero alguém com quem possa falar quando chegar a casa, sejam assuntos parvos, coisas nossas ou acontecimentos do mundo. Quero alguém que me dê atenção, que me dê carinho, que me ouça, que me escute, que me compreenda. Quero alguém que me trate bem. Quero alguém que seja romântico, que não tenha vergonha de me mostrar aos amigos, à família. Quero alguém que me faça surpresas. Quero alguém que pense antes de me oferecer o que quer seja e que, quando oferecer, seja algo que ele saiba que eu vou gostar, que tenha alguma coisa a ver comigo. Quero alguém que se ria das mesmas piadas que eu, mesmo que sejam as mais secas deste mundo e do outro (que são sempre). Quero alguém com quem partilhar a minha vida, sem medos, sem vergonhas. Quero alguém que também saiba discutir, gritar, dizer o que pensa, criticar-me quando eu fizer merda. E que esse alguém saiba sempre fazer as pazes, conversar, dar um abraço e dizer que está tudo bem. Quero abraços, quero beijos, quero carinho, quero amor. Quero tardes no sofá debaixo de um cobertor. Quero mãos dadas, quero passeios, quero ver o mar. Quero ser amada e quero muito (voltar a) amar.

Memórias

Já aqui disse que 2013 foi o pior ano da minha vida. Não tenho dúvidas disso. Por isso, prometi a mim mesma que 2014 ia ser bem melhor. Ia sorrir mais, divertir-me mais, sair mais, ser mais e mais vezes feliz.
À conversa com a minha amiga C. decidimos fazer algo diferente neste novo ano: arranjar um frasco e colocar nele todas as coisas boas que nos vão acontecendo. Escrever num papel algo que nos fez feliz e pô-lo lá dentro. Pode ser uma coisa insignificante, um par de sapatos novos, o último chocolate da máquina, o que seja. Algo que nos fez sorrir. Quando o ano acabar, vamos ler tudo o que escrevemos e lembrar as coisas boas, sejam elas pequeninas ou grandes, que vivemos neste ano. É um bocadinho parolo, sim, mas sei que me vai saber bem na próxima passagem de ano poder recordar os bons momentos que vivi ao longo de 2014. Façam também! 

7 de janeiro de 2014

Sonhos

Todos temos sonhos. Coisas que gostávamos de fazer ou que gostávamos de ver feitas. O meu maior sonho é que alguma alma caridosa proíba o Canuco Zumby e qualquer ex-concorrente da Casa dos Segredos de entrar num estúdio de gravação. É pedir muito? 

5 de janeiro de 2014

Saldos, saldos, saldos

Finalmente, fui aos saldos! Comprei tudo o que queria (pouca coisa, não precisava de praticamente nada, felizmente). Só ficaram a faltar umas botinhas pretas, mas ainda hei de ir lá buscá-las.
Consegui trazer umas leggings, uma camisa branca, simples, compridona e uma camisa cor-de-rosa linda, linda, linda. Mas as melhores compras foram estas: 

Vestido Blanco 
Preço anterior: 32,99 euros
Meu por: 16,49 euros

Parca Blanco, forro amovível
Preço anterior: 69,99 euros
Meu por: 48,99 euros 

Inigualável

3 de janeiro de 2014

Merdas que me irritam #1

Há por aí muita coisa que me tira do sério. Mexe comigo. Dá-me comichão. Deixa-me com vontade de desatar ao estaladão, vá. Por isso, e porque estamos num novo ano, achei por bem criar uma rubrica sobre isso. E como uma das coisas que mais me mexe com os nervos são erros ortográficos, começamos já por aí. 
Eu percebo, não temos todos de saber escrever. Ok, podemos dar um erro ou outro. Mas há erros aceitáveis e erros que dão vontade de dar umas boas chibatadas no lombo. Para além disso, há pessoas que estão "autorizadas" (metam aspas nisto, gente!) a dar mais erros do que outras. E se há gente a quem eu não desculpo (certo tipo de) erros ortográficos é a futuros professores/educadores de infância. Caramba, vão dar aulas, vão ensinar a ler e a escrever (os educadores (ainda) não, mas isso é o que menos importa, não têm desculpa), vão ser responsáveis por uma turma, vão escrever recados aos pais e dão erros absolutamente inaceitáveis.
Acabei de ver uma colega, da minha turma, portanto, futura docente, escrever no mural do Facebook "blablabla feitiçeiro". Sim, "feitiçeiro". Se há erros imperdoáveis, este é um deles. E não me venham cá com a desculpa "ah e tal, foi um typo" porque o "c" e o "ç" não estão, sequer, perto um do outro. Como é que alguém dá este erro? Pior, como é que alguém que quer ensinar crianças dá este erro? Pessoalmente, se a educadora de um filho meu me enviasse um recado com erros deste género, eu acho que armava uma barracada. E olhem que eu odeio escândalos. São merdas que me irritam!